segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Henrique Fernandes Pinto


"Quando olhamos para uma ponte e ela é bonita, é porque está certa. O rigor matemático traduz-se depois no equilíbrio estético"

Henrique Fernandes Pinto, na Engenharia e Vida
Outubro de 2007


quarta-feira, 21 de novembro de 2007

BB no Chiado


Hoje, inesperadamente, apanhei o lançamento do último livro do Baptista-Bastos na Fnac do Chiado.

Infelizmente, Baptista Bastos será um escritor mais conhecido pela rábula do Herman José ("Oh Bastos pá, diz-me lá onde é que tu estavas quando foi o 25 de Abril?") do que pelos seus belos livros (entre eles Cão Velho entre flores, Um Homem Parado no Inverno, ou o belíssimo No Interior da Tua Ausência). Quanto à personagem do Herman, é verdade que o BB emprega muitas vezes a palavra fascista, mas também é verdade que não o faz de uma forma leviana. Fá-lo com o peso de quem lutou pela liberdade e que ainda hoje continua com a certeza e o sonho de que se conseguirá vencer o capital, e que esta será a única maneira de a sociedade se salvar. O BB, no fundo é um escritor do povo...

Neste último livro "A bolsa da avó palhaça", ilustrado de forma muito bela por Mónica Cid, Baptista-Bastos revisita memórias da sua infância passada em Lisboa, da vida dos bairros de que viveu e conheceu, e da avó, que acaba por cumprir com todas as "preocupações educativas, ir para a escola, comer bem"...

Foi delicioso ouvir hoje o BB. Deu para voltar a casa com um sorriso nos lábios...

terça-feira, 20 de novembro de 2007

domingo, 18 de novembro de 2007

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Ahmad Jamal, ou, o meu 1º concerto em Lisboa


Esta noite fui ver o primeiro concerto desde que habito em Lisboa, o trio Ahmad Jamal, com o reforço de Manolo Badrena.

Jamal toca com o trio há 26 anos, o que se sente na música - o grupo sabe orientar as ideias e energia em conjunto, conduzindo a improvisação para um trabalho colectivo, onde os três músicos dominam na perfeição as mudanças bruscas de tempo, de volume e de timbre. No fundo o grupo percebe-se a si mesmo... Badrena esteve por vezes algo deslocado, sem saber bem que inventar, mas sobretudo nos temas mais rápidos deu uma textura ao som com as suas congas e brinquedos percussivos fantástica.

As composições são muito minimalistas, muito baseadas em ostinatos e ideias repetidas e aproveitadas para seguir viagem. Com quase 80 anos Jamal sabe bem o que faz o público saltar na cadeira.

Curioso foi o que senti no fim do concerto, quando toda a gente batia palmas provavelmente à espera de um encore: "espero que voltem para agradecer, mas que não toquem mais. O concerto foi óptimo, já não preciso de mais..."

Felizmente não tocaram...

segunda-feira, 12 de novembro de 2007